terça-feira, 27 de julho de 2010

Serras de Azeitão 2009

Serras de Azeitão 2009

Características
Tipo:
Branco
Castas:
Fernão Pires, Arinto e Moscatel
Região: Península de Setúbal
Teor Alcoolico: 13,5 %
Produtor: Bacalhôa Vinhos de Portugal, SA

Preço: 2,20 €

Acerca do Vinho (Site Bacalhôa Vinhos de Portugal)
As castas foram vinificadas separadamente, fermentando a baixas temperaturas, para conservar os aromas primários da uva, conseguindo-se assim um estilo de vinho novo, fresco e muito frutado.

Nota de Prova
Neste foi uma das minhas compras no evento ocorrido no Castelo de Palmela por ocasião das comemorações do Dia do Vinho. Não foi intencional, pois pretendia comprar o Serras de Azeitão Rosé, mas não fiquei desiludido pois acabou por demonstrar ser um bom vinho na relação preço/qualidade. Este apresenta uma cor levemente citrina, revelando-se com aromas frutados a frutos citrinos e algumas frutas mais doces como o Ananás e o pêssego. Algumas notas de flor de laranjeira provenientes da casta moscatel. Na boca é fresco, mineral, muito suave na acidez e acompanhado com muita fruta citrina. Tem um final persistente e muito agradável.
Acompanhou as espetadinhas de camarão com molho de Lima-Limão. Perfeito.

Classificação: 75/100 ou 15/20

Espetadinhas de Camarão com Molho de Lima-Limão

Eis uma pequena delicia, simples de fazer, rápida e nos dias que correm mais acessível a muitas bolsas.

Ingredientes (para aprox. 8 espetadinhas):
1 kg de Camarão 20/30
16 Espetos de aprox. 25 cm
Pimenta qb
Sal qb

Ingredientes para o molho Lima Limão:
1 Limão
1 Lima
2 Dentes de Alho
1 Colher de Sopa de Margarina

Preparação:
Com algum cuidado perfure os camarões em conjuntos de quatro por espetada. Utilize dois espetos por espetada. Tempere apenas com sal e pimenta moída no momento a gosto. Leve à grelha e retire passados 10/15 minutos ou assim que o camarão ganhar uma tonalidade forte avermelhada.
Num recipiente que possa ir ao lume coloque a margarina, o sumo do limão e da lima e os dentes de alho esmagados. Deixe apurar e regue as espedadinhas de camarão com ele. Uma delicia.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Negreiros 2007 Medalha de Ouro no 18º Concurso Internacional de Vinhos de Montanha, em Courmayeur (Itália)

E regresso de férias com uma óptima notícia para o Vinho Português e para um vinho que merece ser mais conhecido e reconhecido. O Negreiros 2007 recebeu Medalha de Ouro no 18º Concurso Internacional de Vinhos de Montanha, em Courmayeur (Itália). Os nossos parabéns e o desejo que néctares deste calibre continuem a aparecer nas nossas garrafeiras e copos.

sábado, 17 de julho de 2010

Grou Cabeção 2005

Grou Cabeção 2005

Características
Tipo:
Tinto
Castas:
Aragonez, Alicante Bouschet, Touriga Nacional e Trincadeira
Região: Alentejo
Teor Alcoolico: 14,5 %
Produtor: Sociedade Agricola do Vale de Joana, Lda

Preço: 22,5 €

Acerca do Vinho (Rótulo)
"Cabeção é um lugar tradicional de produção de vinhos alentejanos. Desde 1836 produzimos vinhos nas terras do Grou. A condição particular de clima e de solo, associadas a castas bem adaptadas, levaram-nos a retomar, com tecnologia avançada, a produção de vinho onde já o fizeram os nossos avós."
Este vinho é proveniente das castas Aragonez, Alicante Bouschet, Touriga Nacional e Trincadeira. Estágio - 8 meses em barricas de carvalho francês.


Nota de Prova
E, de vez em quando o meu irmão arranja uma coisinha destas. Qualidade/Preço em destaque para uma tarde que começava a ficar marcada pela prova de grandes vinhos. Vinho que ainda no decanter fazia já sentir o seu aroma intenso e inebriante a fruta vermelha bem madura, já compota. SEnte-se a madeira em perfeita harmonia com os frutos fazendo saltar aromas secundários e terceários com grande abundância. O chocolate e os aromas balsamicos são aqui bem notados. Quando nos chega à boca fá-lo com grande pujança e marca. Taninos bem definidos , complexo e bastante corpolento. Está para durar em garrafa. O final é extenso, bastante prolongado e agradável.

Classificação: 85/100 ou 17/20

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Muachos Colheita Seleccionada 2006

Muachos Colheira Seleccionada 2006

Características
Tipo:
Branco
Castas:
Tradicionais da Região
Região: Alentejo
Teor Alcoolico: 13,5 %
Produtor: José Carvalho Sociedade Agricola Lda

Preço: -

Acerca do Vinho (Rótulo)
Situada nos contrafort da Serra de S. Mamede, em Portalegre, a Herdade dos Muachos possui solos xistosos e argilosos, onde está instalada a vinha que produz, há décadas, uvas das castas típicas e tradicionais da região. A partir destas, em câmara frigorifica e em barricas de carvalho francês e americano, foi vinificado e fermentado, este vinho de cor citrina, com aroma a frutos secos, untuoso, complexo, fresco e com boa acidez.

Nota de Prova
Numa destas quentes tardes um vinho branco para começar a tarde que se previa longo e em festa. De cor citrina bastante clara, este vinho apresentou-se com um aroma essencialmente citrina, com notas florais e frutos secos. Quando chegou à boca a primeira nota vai para a sensação de frescura e a continuidade dos travos citricos, com um nivel de acidez em bom plano, complexo e equilibrado. Final de boca agradável e com a evolução da prova começaram a sentir-se algumas notas de frutos tropicais no nariz. Um branco bastante agradável.

Classificação: 80/100 ou 16/20

terça-feira, 13 de julho de 2010

Quinta do Tedo - Douro

Na minha última escapadela por terras do Douro vinhateiro dei comigo a visitar a Quinta do Tedo já no final de uma tarde bem quente e em que acabei por ser muito bem recebido quando pensava que já seria tarde demais.

Acompanhado pelo enólogo da casa fiz uma visita pelos lagares, pelas suas Adegas de envelhecimento do Vinho do Porto e terminei com um prova bastante abrangente dos vinhos desta casa. Não é uma Quinta com uma produção muito elevada, mas produz vinhos de grande qualidade. Pena que o mercado nacional não seja muito previligiado pelos donos, mas opções não se discutem e espero que com o tempo os seus vinhos começem a ser mais conhecidos por terras lusas.A prova começou pelos tintos Quinta do Tedo 2007, Quinta do Tedo Reserva 2006 e Quinta do Tedo Grande Reserva Savedra 2007, para logo de seguida continuarmos com os Portos Quinta do Tedo Fine Tawny, Finest Reserve, LBV 2003 e Vintage 2007. Uma prova em grande.
O Quinta do Tedo 2007, galardoado com a prata no International Wine & Spirit Competition 2009, agradou-me particularmente pelo seu aroma intenso a fruta vermelha e preta bem madura, com traços de baunilha e laranja muito bem encorporados. É um vinho que irei ter oportunidade de uma prova mais atenta devido à gentil oferta da casa. Depois o Quinta do Tedo Reserva 2006, este galardoado com a prata no Decanter World Wine Awards 2009, um vinho também ele rico em aromas a fruta vermelha e preta bem madura, mas aqui mais madeira e especiaria. Um vinho com mais estrutura e pedir um cantinho sossegado durante mais uns anos na garrafeira. Por fim, o Quinta do Tedo Grande Reserva Savedra 2007, um vinho com taninos bem definidos, elegante, sólido e com um final de boca bastante prolongado. Muito bom este tinto.Passei de seguida aos Portos da casa. Primeiro o Quinta do Tedo Porto Fine Tawny com a sua cor tipo tijolo cozido em fornos à antiga, um acastanhado/alaranjado bem definido e na boca muito suave, volumoso e com um final doce mas equilibrado. O Quinta do Tedo Porto Finest Reserve manteve a linha de subida de qualidade. Mais anos de espera num rubi bem conseguido. A finalizar, o Quinta do Tedo Porto LBV 2003, prata no Decanter World Wine Awards 2009 e International Wine & Spirit Competition 2009, de cor rubi mais profunda e com alguns traços violetas, com estrutura, corpo, taninos aveludados e um final longo e persistente, e o Quinta do Tedo Vintage 2007, também ele premiado no Winespectator Vintage 2007 Barrel Tasting e International Wine & Spirit Competition 2009, apresentando um rubi já de tonalidade bem retinta, muito frutado, elegante e complexo no nariz e suave, corpulento, com muita aroma e um final que quando cheguei ao hotel na Régua ainda o sentia.
Terminei a fazer lá uma grande compra para a minha garrafeira que colocarei aqui no blog mais tarde. Uma coisinha para abrir daqui a alguns anos.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Salada de Verão

Com este calor só me apetece comer saladas e mais saladas e assim sendo vejam só a simplicidade desta que fiz e que saborosa e fresca estava. Acompanhem com um vinho branco novo e levemente citrico.

Ingredientes para 1 dose:
- 3 folhas de alface;
- 3 Cogumelos Brancos médios
- 1 Tomate Médio
- 1 Fatia de Queijo de Mistura grossura 1 dedo
- 1/2 Pepino
- 1 Tigela de sopa de Rúcula Selvagem
- Oregãos
- Azeite, Vinagre, Sal qb
Preparação:
Parta grosseiramente a alface. Corte em pedaços os cogumelos, o tomate, o pepino e o queijo. Disponha num prato fundo, misture todos os ingredientes já preparados e adicione a rúcula selvagem. Polvilhe com oregãos e tempere a gosto. Um prato fresco e leve.

domingo, 11 de julho de 2010

Termeão - Pássaro Branco 2006

Termeão - Pássaro Branco 2006

Características
Tipo:
Tinto
Castas:
Touriga Nacional, Castelão Nacional e Carbernet Sauvignon
Região: Bairrada
Teor Alcoolico: 12 %
Produtor: Campolargo

Preço: 6

Acerca do Vinho (Rótulo)
GUARAZ, s.m. Pássaro brasileiro, de que se diz ser branco quando nasce, e tornar-se depois vermelho.
Sempre com a Touriga (86%), o Castelão Nacional (3%) e o Cabernet Sauvignon (11%) da mesma vinha, mas sem o estágio prolongado do seu irmão de plumagem vermelha, eis o pássaro branco do Termeão.

Nota de Prova
Estamos perante um vinho cujo equilibrio é a principal nota de relevo. E este equilibrio, na cor, aroma e boca, faz com que não lhe possamos atribuir grandes defeitos, nem virtude de excelência. Um vinho a conhecer, de uma região também ela a precisar de ser re-conhecida. 12 % de alcool é já coisa rara e de louvar. Atreva-se.

Classificação: 75/100 ou 15/20

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Prova Fagote, Oboé Tinto e Branco - El Corte Inglés

Hoje foi dia de estar presente em mais uma prova. Desta vez no El Corte Inglés do Beloura Shopping para conhecer alguns vinhos da CVD Companhia dos Vinhos do Douro, Lda. Uma prova bastante serena e proveitosa pois desta forma a interacção com o representante do produtor de vinhos decorreu de forma mais directa e pessoal.
Os vinhos a prova foram o JM Branco Reserva 2008 e os tintos Fagote Reserva 2003, JM Grande Escolha 2003 e Oboé Grande Escolha 2003. Destes, a nossa eleição recaiu sobre o magnifico JM Branco Reserva 2008, um branco de cor amarela muito limpida e brilhante, com aroma bastante frutado a critrinos embora o estágio em madeira faça também aparecer algumas notas de frutas como a ameixa ou o alperce. Na boca um vinho muito elegante, corpolente e fresco. Deve ser bebido em refeição e não apenas como aperitivo ou entrada (17,5). Deste tivemos de repetir algumas vezes pois não cansava. 
Nos tintos o destaque para o JM Grande Escolha 2003 e o Oboé Grande Escolha 2003, embora eu tenha prefirido o primeiro tal como disse logo no local. O JM de cor purpura já com laivos alaranjados, apresentava, no entanto, uma aparência algo turva e estranha sem impacto na prova. No nariz este tinto era bastante intenso a fruta vermelha bem madura, a madeira e baunilha. Na boca com demonstração de ainda muita força, complexo e de taninos bem presentes. Um final de boca longo (17,5). 
Quanto ao Oboé , de facto um cor retinta muito limpida, aroma intenso a fruta vermelha já compota e madeira sempre presente e na boca, tal como o anterior, bastante complexidade, pujança e equilibrio (17). Dois bons tintos, mas se tivesse de escolher seria pelo JM.
No El Corte Inglés estes vinhos estão ao seguinte preço: JM Branco Reserva 2008 (12,5€); Fagote Reserva 2003 (15,5€); JM Grande Escolha 2003 (38,5 €); Oboé Grande Escolha 2003 (37,7 €). Boas compras.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Quinta da Aveleda - Penafiel

No passado dia 25 de Junho fiz uma visita à Quinta da Aveleda. Queria não só conhecer a Quinta pelos seus recantos idílicos e monumentos que aparecem nos rótulos dos seus vinhos Follies, como também conhecer mais acerca dos próprios vinhos desta produtora já com quatro séculos de vida.
A recepção por parte dos responsáveis da Quinta da Aveleda foi espectacular. De uma disponibilidade inexcedível quer na visita guiada pelos jardins da Quinta, quer depois nas provas efectuadas com o acompanhamento do Enólogo Manuel Soares na sala de provas profissional. O meu muito obrigado pela atenção.
 
A visita começou então por um passeio guiado pelo fabuloso jardim da Quinta da Aveleda. Parecia que estava num parque de Sintra tamanho verde e o estilo romântico observado em cada pormenor ou num cenário do filme Sonho de Uma Noite de Verão baseado na obra de Shakespeare. Desde o Eucalipto centenário, passando pela Casa do Guarda que parece ter sido habitada por duendes ou pela Torre das Cabras, tudo se confundia com uma verdadeira viajem no tempo. A Janela Manuelina com toda a sua imponência sob o Lago Grande onde também estava a Casa de Chá cheia de troféus de caça no seu interior. Marcante a Fonte de Nossa Senhora da Vandoma, com todo o seu cariz simbólico e místico assim como, logo de seguida, a Fonte das Quatro Irmãs que representa o ciclo da vida através do perfil das quatro irmãs nascidas em cada estação do ano. Por fim, a Casa da Família com toda a sua riqueza e beleza, ainda hoje utilizada para as férias dos donos da Quinta da Aveleda.
 
Passamos então à Sala de Provas Profissional da Quinta onde acompanhados pelo Enólogo Manuel Soares pudemos ficar a conhecer melhor alguns dos vinhos da Quinta e alguma da história e presença vínica da Aveleda em Portugal e no Mundo. Começamos pelos Vinhos Verdes Casal Garcia, Quinta da Aveleda 2009 e o Rosé Casal Garcia. Este último surpreendeu-me pelos seus aromas extremamente frutados a framboesa e morango. Parecia estar na presença de um qualquer sumo de fruta. Muito agradável. De seguida continuamos nos verdes com os Follies Alvarinho e Alvarinho/Loureiro. Um salto em frente nos aromas, equilíbrio e complexidade dos vinhos em relação aos provados anteriormente. E por fim, os tintos com os Follies Touriga Nacional e Touriga Nacional / Cabernet Sauvignon. Embora de uma região que não costumo preferir, o monocasta Touriga Nacional estava um vinho de muito boa qualidade e que me agradou desde a cor e aromas até ao final prolongado e bastante frutado.
 
Aconselho vivamente a visita à Quinta da Aveleda. Se não gostar de vinho, de certeza que gostará dos jardins e se o passeio não for a sua onde de certeza que não resistirá a um copinho de um verde bem fresquinho.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Quinta da Pedra Alta 2005

Quinta da Pedra Alta 2005

Características
Tipo:
Tinto
Castas:
Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca
Região: Douro
Teor Alcoolico: 13 %
Produtor: Jorge Eduardo Branco Pinto Leal

Preço: 13 €

Acerca do Vinho (Rótulo)
Este vinho tinto é resultado de uma harmoniosa combinação a partir da selecção das castas Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca e Touriga Nacional. Apresenta uma cor rubi, aroma frutado, na boca é encorpado e equilibrado apresentando um final longo e persistente.

Nota de Prova
Este vinho foi alvo que uma prova a dois tempos de minha parte. Uma em que não pude tirar partido dos verdadeiros aromas deste néctar e outra sim, em pleno. Ambas me levaram à mesma conclusão. Mais um bom filho do Douro e desta casa.
A cor rubi deste vinho apresentava já algumas nuances mais escuras, aproximando-se da cereja bem madura, ainda assim marcadamente uma cor limpida e bonita. No nariz muita fruta vermelha madura, também a cereja, com madeira, baunilha e notas de especiarias tudo em boa medida. Na boca nota-se um vinho com corpo, ainda em evolução, de taninos suaves. Tudo muito equilibrado e composto. Um final longo com a fruta em predominância. Muito fácil de beber.


Classificação: 16/20 ou 82/100

Dia do Vinho - Colares

Ainda no âmbito das comemorações do Dia do Vinho, numa acção conjunta entre a Câmara Municipal de Sintra, a ViniPortugal e a Associação de Municípios Portugueses do Vinho, estiveram abertas, no passado dia 4, as portas das Caves Visconde de Salreu em Colares, para uma mostra da exposição “100 Anos da Região Demarcada de Colares: 1908 – 2008” e onde estiveram também presentes alguns dos produtores de vinho da região promoendo provas e vendas dos seus vinhos. Isto era o que basicamente a publicidade à iniciativa informava.
Como estava interessado em conhecer um pouco mais acerca dos vinhos da região de Colares desloquei-me ao local como tantos outros que lá estavam cerca da hora que cheguei. Todavia, tinhamos de facto portas abertas para a exposição, que digo desde já e pelo que pude verificar sózinho estava bem completa... e um senhor bem sentadinho numa secretária que nem parecia saber muito bem para o que ia. Muito a medo lá indicou que era "só isto (palavras do próprio)" e que lá pelas 18:00 às 19:00 poderia haver aperentação de provas de alguns produtores, isto foi o que, também segundo suas palavras "lhe pareceu ouvir".
Ora, visitou-se a exposição, que com o acompanhamento dado nem sei se o número de objectos continuará a ser o mesmo e poucos depois fui embora como tantos outros que chegavam e partiam num abrir e fechar de olhos. O silêncio nas caves era de ouro e com o calor mesmo ali à porta toca a dar um saltinho à Praia das Maças.
Sendo cá da terra posso dizer que fiquei um pouco desiludido... à pois fiquei.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Dia do Vinho - Prova de Vinhos no Castelo de Palmela: Parte III

Esta terceira parte começa com uma casa para mim desconhecida, mas que com o decorrer da prova despertou logo algum interesse e que fará com que tenha mais atenção aos vinhos da Sociedade Agrícola Ti Bento. Se do primeiro vinho provado, o tinto Ti Bento Reserva 2007, poderei afirmar ser um vinho de boa qualidade, mas que não me demonstrou grandes novidades do que conheço dos vinhos da região, já o Vô Bento Reserva 2008 causou outra impressão. Mais complexo e equilibrado, de taninos médios e com um final de boca muito harmónico e com fruta bem presente. Gostei deste vinho e do preço. Uma boa aposta.

Depois, na bancada ao lado, olhei para umas caixas de Moscatel Roxo e... por ali fiquei ainda sem saber muito bem quem seria o produtor. Se posso afirmar que a apresentação de um vinho também vende? Com certeza que posso. Este cativou-me desde o inicio ao fim. As cores, a forma, a imagem e mais tarde a própria prova também me fizeram cair em tentação. Já cá canta na garrafeira. Estou, neste caso, a falar da Casa Agrícola Assis Lobo. Mais uma feliz descoberta.
Aqui, provei praticamente tudo o que havia para provar. Desde os brancos aos tintos, passando pelo Rose e terminando no moscatel Roxo. Todos eles de muito boa qualidade e só tive pena de não provar o topo de gama da Casa - o Lobo Mau. Curioso ainda o Assis Lobo Tinto de 2004 que estagiou em cubas de pedra, se assim posso dizer. Um vinho onde desta forma predominam os aromas a fruta vermelha, muito equilibrado e com um preço bastante baixo que apenas se justifica pelo facto de não estagiar em madeira, mas na pedra tão comum de Palmela. Este era engraçado para uma prova cega.
Após mais uma pausa para visita ao Castelo, tempo para acompanhar duas provas comentadas pelo Enólogo Luís Silva. Uma da Adega Cooperativa de Palmela e outra da Xavier Santana. Na primeira foram provados e comentados os vinhos Vale de Barris 2009 Branco e Rose, e o Moscatel de Setúbal 2007. Gostei particularmente do Branco, mas a temperatura do vinho teve algum impacto na prova. Tanto dia mais sombraceiro logo tinha que nos calhar um dia de temperaturas tropicais. Na Xavier Santana a temperatura continuou a não ajudar muito, mas quando se provou o Moscatel de Setúbal de 2005 nem a temperatura conseguiu estragar o momento. Embora mais fresco que os anteriormente provados este moscatel mostrou ser de muito boa qualidade.
Terminei as provas neste dia na Casa Ermelinda Freitas. Perdoem-me os restantes que fiquei por visitar, mas de facto o calor que se fazia sentir estava a influenciar bastante as provas e aqui foi novamente o caso. Bem tentou o representante da Casa Ermelinda Freitas colocar o vinho numa temperatura aceitável, mas a temperatura do vinho fazia com que aromas e sabores fugissem um pouco que esperado. Por vezes alguma adstringência e moleza na boca, não se retirando a verdadeira qualidade que estes vinhos têm. Fui no entanto provando os vinhos sugeridos e a qualidade da mesma foi subindo à medida decorria a prova, mas conhecendo já alguns vinhos desta marca sei que o S. Pedro aqui me pregou uma verdadeira rasteira.Para o ano vou mais à noitinha, pela fresca e depois fico por lá na Pousada.

domingo, 4 de julho de 2010

Dia do Vinho - Prova de Vinhos no Castelo de Palmela: Parte II

Deixo agora um pequeno resumo da minha visita à bancada de cada produtor e aos vinhos provados.
A primeira paragem das muitas que se seguiram foi na Herdade da Comporta onde provei os Brancos Herdade da Comporta Antão Vaz e o Arinto / Antão Vaz e os Tintos Herdade da Comporta Aragonez/Alicante Bouschet e a boa surpresa que foi o Chão de Rolas Tinto. Um vinho com fruta muito madura, apresentando corpo e alguma complexidade na oca. Tem um final de boca com alguma extensão. Não costuma estar à venda ao público pois é exclusivo do grupo Tivoli.
De seguida outro produtor bem conhecido de todos. Bacalhôa Vinhos de Portugal. Aqui também a mesma disponibilidade do produtor anterior quer nas provas quer na informação prestada. Embora o calor não não ajudasse à prova comecei com um Catarina Branco 2008, com aromas e boca a alguma fruta tropical com o ananaz ou abacaxi e um final longo; o Branco Serras de Azeitão 2009, com notas florais bem mescladas com citrinos, com um final também ele longo; o Branco Quinta da Bacalhôa 2008, mais complexo que os anteriores, muito elegante, leve e persistente. Que pena não estar à temperatura ideal. Terminei com um tinto e um moscatel. O tinto o Meia Pipa 2007 com muitos frutos vermelhos e o Bacalhôa Moscatel de Setúbal 2004 que para a sua idade e temperatura me pareceu estar no ponto. Uma nota de tristeza. Comprei o Serras de Azeitão Rose pela curiosidade de ter uma moscatel na sua composição e quando cheguei a casa e abri o saco encontrei o Serras de Azeitão Branco. Ficará para outra oportunidade.Segui então para a bancada mais próxima livre. A Domingos Damasceno de Carvalho onde pude provar dois tintos muitos bons. O Domingos Damasceno de Carvalho 2008 e o Domingos Damasceno de Carvalho Reserva 2006. O primeiro a mostrar no nariz e boca muita fruta vermelha madura, redondo e muito equilibrado e o segundo, mais pujante, já com presença notória de madeira e especiarias, elegante e um final extenso e agradável. Bela surpresa.Depois, chamou-me à atenção a bancada da Casa Agrícola Horácio Simões, onde servido pelo próprio Sr. Horácio Simões, pude provar o delicioso Moscatel Roxo 2004. Não admira que tenha ganho tantos e prestigiados prémios. Muito floral, macio, redondo e fresco. Com um final soberbo que me fez ir dar uma voltinha pelo Castelo só para manter durante mais um pouco aquele sabor na boca antes de seguir para outra prova. E agora vou ficar esse mesmo travo, faço uma pausa e depois a terceira e última parte deste grande evento.

sábado, 3 de julho de 2010

Dia do Vinho - Prova de Vinhos no Castelo de Palmela: Parte I

Comer foi no 3.ª Geração, Beber e Lazer no Castelo de Palmela. No âmbito das comemorações do Dia do Vinho está a decorrer no Castelo de Palmela uma Mostra e Prova de Vinhos da região. Os participantes neste importante evento na divulgação do vinho são (e espero não me esquecer de nenhum): Adega Cooperativa de Palmela CRL, Bacalhôa Vinhos de Portugal SA, Casa Agrícola Assis Lobo Lda, Casa Agrícola Horácio Simões, Casa Ermelinda Freitas-Vinhos Lda, Celestina Gomes Lda, Cooperativa Agrícola Santo Isdro de Pegões CRL, Herdade da Comporta - Actividades Agro Silvícolas e Turísticas SA, Hero do Castanheiro-Vinhos SA, José Maria da Fonseca Vinhos SA, Sivipa SA, Sociedade Agrícola de Rio Frio SA, Venâncio da Costa Lima Lda, Sociedade Agrícola Ti Bento Lda, Vinhos Domingos Damasceno de Carvalho e Xavier Santana Lda. Apesar dos 4 € apenas darem direito a 5 provas penso que foram poucos os que fiquei por visitar e ainda me faltam gastar 3 provas. Penso não ter tido o prazer de visitar a bancada da José Maria da Fonseca Vinhos SA, da Hero do Castanheiro-Vinhos SA, da Venâncio da Costa Lima Lda e da Sivipa SA, mas não faltaram oportunidades no futuro de os conhecer melhor. Destaco ainda os produtores e seus representantes que foram hoje de uma disponibilidade total, bastante comunicativos, a colocarem os seus vinhos a conhecer sem nenhuma reserva e a praticarem preços muito atractivos que me fizeram trazer algumas lembranças. Houvesse por ali um Multibanco e o rombo era maior na minha carteira.
À organização também dou os meus parabéns pois daquilo que me pude aperceber tudo estava a decorrer como previsto. O único inconveniente foi o calor, pois estive lá das 14:00 às 18:00 e estava mesmo impossivel... até pensar e ir dar um mergulho à praia e voltar mais tarde.
Amanhã deixarei aqui a segunda parte desta minha visita dedicada inteiramente às provas que efectuei em cada produtor.

Restaurante "3.ª Geração" - Palmela

E se de repente fosse até Palmela e juntava comer, beber e lazer num só dia? Comer num dos restaurantes de Palmela que aderiu à iniciativa "Semana Gastronómica do Vinho de Palmela"; beber nas provas de vinho no Castelo de Palmela no âmbito do "Dia do Vinho"; e lazer no belo passeio por terras de Palmela e visita ao seu Castelo tão emblemático. Assim foi.O Restaurante foi o "3.ª Geração", a poucos metros do Castelo de Palmela e com um ambiente muito tipico da região que visitávamos. O queijinho seco de Azeitão, azeitonas e pão caseiro juntaram-se numa entrada simples mas deliciosa. De seguida o Coelho com Feijão Vermelho com vinho e o delecioso Choco Frito com prato principal. Comer bem é lei nesta casa. As pêras bêbadas com vinho tinto e moscatel de Setúbal já não foram, todavia passaram-me pelos olhos e por pouco não resistia à tentação. A carta de vinhos apresentava na sua maioria vinhos da região, embora sem um cuidado especial na apresentação da mesma. Ambiente muito familiar e acolhedor que merecerá concerteza mais visitas de quem escolher Palmela para um passeio.
Preço médio por refeição: 12 €
Atendimento: Familiar e acolhedor. Um pouco lento quando mais cheio.
Satisfação: 7/10

sexta-feira, 2 de julho de 2010

II Prova d'Ouro Ramos Pinto 2010 - Lisboa

A Casa Ramos Pinto levou um pouco do Alto Douro Vinhateiro a Lisboa no passado dia 1 de Julho no Centro Cultural de Belém. Foi efectuada uma prova vertical dos vinhos Bons Ares Branco e Bons Ares Tinto, seguido de uma Prova de Vinho do Porto.Estive presente e fui confrontado com uma apresentação e planificação da prova muito boa. A prova estava dividida em vária bancadas, com um seguimento lógico que começava nos Brancos mais velhos até aos mais jovens; depois dos tintos mais velhos até aos mais recentes; e por último, os Portos - um Tawny 10 anos, um Vintage 10 anos e um Branco mesmo de propósito para o agora bem badalado Porto Tónic. No final e à saída a oferta de um saquinho com umas lembranças e para quem tinha convite como eu um voucher para visitar a Quinta de Ervamoira com uma prova alargada de Vinhos do Porto.
Os vinhos a prova brancos foram o Bons Ares Branco 1997, já com esta idade e com uma frescura ainda tão jovem; o Bons Ares Branco 1999, um branco com aromas parecidos com o moscatel e já a cair para um espécie de colheita tardia; o Bons Ares Branco 2000, fresco e citrino; o Bons Ares Branco 2003, de aroma menos intenso, mas muito elegante no final de boca; o Bons Ares Branco 2007, cada vez mais citrino, jovem e fresco; o Bons Ares Branco 2008, para mim um dos melhores nos brancos jovens, com aroma intenso a fruta tropical e muito equilibrado quer no doce, quer na acidez sendo bastante prolongado no final; por fim o Bons Ares Branco 2009, também este muito tropical e aromático.
Nos tintos tivemos uns senhores vinhos. Começámos pelo Bons Ares Tinto 1992, que se fechassemos os olhos nem nos apercebiamos estar a provar um vinho com quase 20 anos de idade; depois o Bons Ares Tinto 1994, para mim também no Top deste final de tarde, um aroma frutado a frutos vermelhos em compota e na boca um vinho com corpo, equilibrio e muito harmonioso com um final de boca de perder de vista; a seguir o Bons Ares Tinto 1997, mais um vinho com anos e ainda a poder envelhecer mais e com qualidade; o Bons Ares Tinto 2003, de todos o mais adstringente; o Bons Ares Tinto 2006, mastigável, pujante de força e de vida; e o Bons Ares Tinto 2007, a terminar com qualidade a prova de tintos.
Por fim, a comparação sugerida entre um Vintage 2000 e um Tawny 10 anos Quinta de Ervamoira que me deu uma grande vontade de provar desde logo o Vintage 1999 que tenho cá em casa. Um exemplo da grande qualidade de Portos que a casa Ramos Pinto coloca no mercado e agora já não é com fins medicinais.

Hotel Vila Galé - Porto

Este ano, festejei o S. João no Porto com estadia no Vila Galé da cidade. É o terceiro ano consecutivo a participar nesta festa popular tão nortenha e bem vivida. O Hotel, de 4 estrelas, é um puro citadino, muito central para o turista que pretenda visitar a cidade sem ser de viatura própria pois, para além da sua localização quase central, ainda conta com estação de Metro a 100 metros e paragens de autocarro a 50 metros. Mesmo a pé, em pouco mais de 10 minutos estamos na Ribeira, passando pelo Via Catarina, Bolhão, Avenida dos Aliados, etc.
O Hotel disponibiliza ao seu cliente todas as facilidades já muito habituais nesta cadeia internacional de grande qualidade mas que, todavia deixa presente alguns pontos que na minha opinião serão menos positivos. Em primeiro lugar, o que se espera de um Hotel construído mesmo no centro de uma cidade com a rede rodoviária bastante antiga é que proporcione aos seus clientes fáceis acessos e estacionamento gratuito. O Vila Galé Porto tem apenas 5 lugares de estacionamento gratuito para os seus clientes e os restante são bem pagos. Em segundo lugar, hoje em dia o acesso à internet numa cidade como o Porto já é uma realidade barata. Se em alguns Hotéis de 3 estrelas já se encontra acesso à internet wireless grátis para os clientes não se justifica aqui ter de se pagar e, mais uma vez, bem pago.
Não deixa de ser uma boa aposta para uma visita rápida ao Porto em termos de qualidade/preço.